"Zé: Vortô pra ficá, né?
Maria: Não, acho que minha sina é sempre caminhá...
Zé: Tu carece é de criar raíz minina!
Maria: Num fala assim Zé, eu sinto que andei, andei, andei e num cheguei a lurgá nenhum, sinto que um tanto de coisa eu perdi e um tanto de coisa eu num consegui achar... Viver é assim mermo Zé? Essa coisa doida que muda sempre? A separação de quem a gente quer? Andança sem parar Zé? Parece tudo sonho. Viver é isso Zé? E o amor Zé, quando é de verdade? E felicidade Zé, quando é de verdade?
Zé: Ói, a felicidade é o contrario do amor né? A felicidade...
Maria: E na vida Zé, o que vem depois da morte?
Zé: Num sei. A gente só sabe perguntá, num sabe responder não...
Maria: Acho que meu destino é sempre fazer o caminho de vorta. Adeus Zé!
Zé: Mas será pussivi minina qui nossa sina seja sempre se dispidi?
Maria: É não Zé! Nossa sina é sempre se incontrá."
(Hoje é dia de Maria)
*ah se eu pudesse não mais te ver.
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