quinta-feira, 12 de agosto de 2010

!

“Não sei bem o que é, mas há algo presente em cada centímetro do teu sorriso
que me dá vontade de chutar a porta que dá pra rua e sair correndo, sem saber onde fica a minha casa.
Há algo que me priva de usar todas as artimanhas que eu colecionei,
que me faz esquecer todas as minhas frases de efeito
e que faz com que tudo que eu faça/diga pareça de uma imbecilidade infantil.
Não sei bem o que é, mas há algo presente em cada palavra que tu me apontas,
que sopra em meu ar essas bolhas de sabão.
A trajetória dessas pequenas bolsas de ar é tão imprevisível,
tão frágil, que eu fico com medo de tocá-las.
E são tantas, essas bolhas, que eu não sei atrás de qual delas eu vou correr.
Aí eu fico parado, te não-ouvindo, te não-olhando e, sempre, invariavelmente, não sorrindo.
Eu fico sem saber o que fazer.

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