terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

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Fiquei com perguntas assim: será que isso que a gente chama de amor se passa sempre fatalmente em dois níveis? O da fantasia, da emoção real, poética — e o da realidade que descamba para a agressividade, para a dureza? Por que, na segunda-feira, eles (nós) não revelam a carência do fim de semana e se dizem coisas duras? Realmente, por que, afinal? Se não seria mais fácil se a verdade pudesse fluir? Um pouco mais além: mas será que a verdade poderia mesmo fluir? Será que verdade e fluência não se opõem, contrapõem? E coisas como: amor existe mesmo? Ou só existe o permanecer de braços abertos, como no sonho de Luisa (esse sonho podia perfeitamente ser meu), pronto(a) a receber alguém que nem sequer chega a tomar forma? E quando alguém, no plano real, toma forma, a gente imediatamente projeta toda aquela emoção presa na garganta do sonho. E fatalmente se fode, porque está tentando adequar/ajustar um arquétipo, uma imagem de toda a nossa infinita carência, nossa assustadora sede, a uma realidadezinha infinitamente inferior.


Caio F. Abreu!

Mq.

Eu não quero viver longe de você. Digo, viver sem falar contigo, sem saber como foi o seu dia, o que você fez, como está se sentindo. Até porque, longe fisicamente de você eu já estou.



— Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

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"Uma vez, escutei uma coisa que nunca mais esqueci: 
se o que você está fazendo não está dando resultado, 
talvez o problema não seja atingir a forma certa, e sim refazer as coisas. 
Fazer de novo, de um novo jeito. 

Se o seu jeito não está funcionando, troque de jeito até acertar."

(Clarissa Corrêa)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

E!


"Um amor clichê. É isso que todos nós esperamos na vida. Quem não espera, é por que não sabe o que quer, quando descobrir vai querer. Todos nós queremos, ainda que não saibamos expressar. Um amor clichê pra domingo ficar com preguiça, pra fazer os mesmos programas, pra contar as mesmas piadas. Um amor clichê de filme, como Lisbela sonhava, complicado, difícil, quase impossível, que passa sobre tudo e sobre todos mas no final sobrevive, mocinha e mocinho. Um amor clichê de conversar em silêncio por horas e horas, de velhinhos indo ao cinema com os casais de jovens suspirando e prometendo ficar assim. 
Um amor clichê de música do casal, de mãos dadas na areia da praia, de esperar a ligação, de responder o sms, de caneca de café pela manhã, de dias chuvosos.
Todos querem um amor clichê, pois os clichês são quase intermináveis e não têm pressa."
- Filipe Leão